Jon Jones já pode ser considerado o maior meio pesado da história do UFC. Pelo cartel e domínio sobre a maioria dos adversários, o americano já cravou seu nome no evento e provavelmente vai entrar para o Hall da Fama do Ultimate. Porém, apesar de não depender disso para finalizar seus oponentes, o campeão da categoria usa métodos polêmicos, tais como:
Dedo no olho
Por ter a maior envergadura entre os lutadores de seu peso, Jones usa essa vantagem na hora de marcar a distância durante a luta. O problema é que ele faz isso com a mão aberta e assim já se tornou comum seus adversários receberem dedada no olho, o que é proibido. Apesar disso acontecer com grande frequência, o americano nunca foi punido com a perda de ponto, mesmo com esse movimento, em tese, involuntário, podendo causar grande dano a quem recebe.
Ao contrário do dedo no olho, o pisão no joelho é permitido pelo UFC. Jon Jones se aproveita bem disso e o usa constantemente, quase sempre com sucesso, já que tem o alcance superior aos demais. Este movimento é controverso entre os aficionados por lutas, pois é uma técnica perigosa e, se o atleta que receber não estiver com a base dobrada, corre o sério risco de ter a perna quebrada e uma carreira encurtada.
Mas calma aí! UFC não é um evento de luta de gente que se bate, dá soco na cara e está lá justamente para machucar o outro??
Esse tipo de pensamento é leviano e demonstra total desconhecimento. O UFC, assim como tantos outros eventos de MMA, possui regras que visam a proteção do atleta. Um soco na cara pode deixar o atleta momentaneamente sem condições de luta e é para isso que existe o árbitro dentro do octógono. Ele paralisa quando necessário, visando a integridade física do atleta. Logo depois ele vai ao hospital e é devidamente tratado. Já o chute no joelho pode quebrar o lutador na hora, sem chances de o juíz interferir ou o lutador que recebeu o golpe dar os três tapas.
Torção do braço
No último sábado (26) , o brasileiro Glover Teixeira disputou o cinturão pelo UFC 172. Durante a luta, um movimento causou polêmica. Jones segurou o braço do adversário e o torceu, causando grande risco de quebrá-lo na hora. Algumas horas depois , o dono do cinturão, após ler muitos comentários sobre o ocorrido, resolveu se explicar pelo Instagram fazendo uma comparação com Helio Gracie.
O famoso "Gracie Jiu Jitsu" era uma alternativa de defesa pessoal. Portanto, a comparação é inválida e incabível. Há uma diferença considerável de contexto nas duas situações. Em uma luta de MMA há regras, já em um momento de perigo com um desconhecido querendo lhe ferir sem se importar com regras, honra ou integridade física, não. Ao contrário de um mata leão ou estrangulamento, por exemplo, torcer o braço do atleta e golpear a região não dá tempo ao adversário de desistir, dando os três tapas. A consequência pode ser instantânea.
Jon Jones é sem dúvida o #1 peso por peso do UFC atualmente e caminha a passos largos para ser maior que Anderson Silva e Georges St. Pierre. Ele é o melhor independentemente dos movimentos duvidosos citados, mas é necessário que Dana White e os chefões do Ultimate revejam as regras e os juízes tenham coragem de punir o campeão durante a luta enquanto algo de irregular acontece.
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